O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons.
Martin Luther King

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Julgamento dos sete líderes bahá’ís em andamento em Teerã


GENEBRA – O julgamento dos sete líderes bahá’ís aprisionados começou hoje no Irã. Os relatos iniciais indicam que o julgamento está sendo marcado por numerosas violações de procedimentos legais.

“Entendemos que nenhum observador foi admitido no tribunal”, disse Diane Ala’i, a representante da Comunidade Internacional Bahá’í junto as Nações Unidas em Genebra. “Isso é completamente ultrajante, uma vez que estes sete foram mantidos presos simplesmente por causa de suas crenças religiosas, em total contradição com qualquer padrão de direitos humanos.

“Entendemos que até mesmo os advogados tiveram que argumentar para terem acesso ao tribunal – advogados que praticamente não tiveram qualquer acesso aos acusados por quase dois anos.

“Ao mesmo tempo, os interrogadores dos prisioneiros, do Ministério da Inteligência, e uma equipe de filmagem, foram vistos entrando, levantando suspeitas acerca da natureza do julgamento”, disse ela.

A Sra. Ala’i observou também que um site iraniano associado à uma emissora de televisão controlada pelo governo postou uma história ontem à noite, anunciando que o julgamento já havia começado, e listando a mesmas série de acusações infundadas anteriormente feitas contra os sete.

“De qualquer modo, todos estes relatos apontam para um julgamento altamente irregular, muito semelhante aos julgamentos simulados que foram realizados nos últimos meses no Irã”, disse ela.
Os sete são: a Sra. Fariba Kamalabadi, o Sr. Jamaloddin Khanjani, o Sr. Afif Naeimi, o Sr. Saeid Rezaie, a Sra. Mahvash Sabet, o Sr. Behrouz Tavakkoli, e o Sr. Vahid Tizfahm.

Todos, com a exceção de um do grupo, foram detidos em 14 de maio de 2008 em suas casas em Teerã. A Sra. Sabet foi detida em 5 de março de 2008 enquanto se encontrava em Mashhad. Desde então eles foram mantidos na prisão de Evin em Teerã, passando seu primeiro ano sem receberem uma acusação formal ou qualquer acesso a advogados.

“Independente do que aconteça, está claro que o julgamento dessas sete pessoas inocentes representa o julgamento de toda uma comunidade religiosa, e é uma tentativa de intimidar ainda mais e condenar ao ostracismo todos os bahá’ís do Irã simplesmente terem eles um ponto de vista religioso diferente daqueles que estão no poder.”


mais em http://edition.cnn.com/2010/WORLD/meast/01/12/Iran.bahai.trial/

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