O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons.
Martin Luther King

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

''O Irã é um problema do mundo, não apenas de Israel''

A visita ao Brasil, a primeira em 43 anos, tem como objetivo reforçar a cooperação entre os países da região, duas nações de grande importância para a América Latina, afirmou à AFP o porta-voz. Ahmadinejad, que costuma defender que "Israel deve ser varrido do mapa", chega ao Brasil no dia 23 de novembro.

"O presidente Peres vai conversar sobre a infiltração iraniana na América do Sul e explicará aos seus anfitriões que Israel não tem nada contra o povo iraniano, sim contra Ahmadinejad, um dirigente fanático que se interessa mais no enriquecimento de urânio do que no bem-estar de seu povo", afirmou. A embaixada israelense e o governo brasileiro já confirmaram que Peres, que chega nesta terça ao Brasil, viajará no domingo para a Argentina.

Peres se reunirá na quarta-feira com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que receberá o líder iraniano no dia 23 e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas dias depois, em uma data que ainda foi confirmada oficialmente. Fontes diplomáticas afirmaram que, nos três encontros, Lula tentará apresentar o Brasil como um "mediador confiável" para o conflito no Oriente Médio, tal como faz nos últimos tempos no cenário internacional.

Os movimentos diplomáticos do Brasil fazem partes de uma campanha do governo Lula em favor de uma profunda reforma e um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no qual o país acaba de entrar como membro não-permanente por um prazo de dois anos, asseguraram as fontes.

Em declarações à imprensa brasileira em Jerusalém, Peres admitiu que pretende conversar com Lula sobre "a ameaça" que, segundo ele, representam os programas nucleares iranianos, mas disse que o fará somente em privado. "Não é correto visitar um país para debater publicamente sobre outro", disse, mas não deixou de se referir a Ahmadinejad, sobre quem "todos sabem que é um homem que quer a destruição do Estado de Israel, que nega o Holocausto e fornece armas ao terror", afirmou.

Lula, que foi objeto de fortes críticas de setores conservadores e da comunidade judaica por sua decisão de receber o líder iraniano, afirma que para solucionar conflitos é necessário "dialogar com todos" e que "não se pode encurralar ninguém".

A agenda oficial de Peres no Brasil termina na sexta-feira, quando ele se reunirá no Rio de Janeiro com autoridades da cidade e com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. O presidente israelense permanecerá no Rio de Janeiro no sábado, mas sem nenhuma atividade oficial em virtude da jornada sabática judia, e no domingo viajará para Buenos Aires.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MANIFESTO DA FRENTE PELA LIBERDADE NO IRÃ

Quem Somos?
Manifesto da Frente pela Liberdade no Irã

Construindo uma Cultura de Paz

Quem Somos?
Somos um grupo que acredita na diversidade.
Pertencemos a diferentes religiões, temos orientações políticas, sexuais, origens étnicas e experiências muito distintas, mas um objetivo comum nos uniu: desejamos que as liberdades civis sejam reconhecidas por todos, inclusive pelo governo iraniano.
Desejamos que o governo brasileiro, ao promover e estreitar laços diplomáticos com o atual governo iraniano, defenda todas as vidas humanas como sagradas, a democracia como princípio e a liberdade como direito.
Somos negros, somos brancos, somos índios, somos quilombolas, somos católicos, evangélicos, judeus, budistas, bahá’ís, e de religiões de matrizes africanas; temos identidades de gênero distintas, somos professores, advogados, médicos, jornalistas, estudantes, trabalhadores, somos jovens, adultos e idosos, somos seres humanos que respeitam seres humanos e a natureza - nosso corpo comum.

Cultura de Paz
A Política com Cultura de Paz alicerça-se em Direitos Humanos, Democracia, Desenvolvimento Sustentável, Desarmamento e Diversidade. Esse é o compromisso do Brasil, diante das Nações Unidas, Por esse motivo, não apoia nenhum país que venha ferir os princípios que garantam a paz mundial.

A respeito do Irã
As autoridades sustentaram severas restrições sobre a liberdade de expressão, de associação e de reunião. Infligiram medidas enérgicas sobre ativistas da sociedade civil, incluindo os defensores dos direitos humanos em geral e, principalmente, os das mulheres e das minorias. Ativistas vêm sendo presos, submetidos a julgamentos injustos e sem defesa, em especial no caso das minorias religiosas, a exemplo de bahá’ís, judeus e cristãos, que são duramente perseguidas. Outros foram proibidos de sair do país e de se reunir. A tortura e os maus tratos aos detentos são cometidos de forma corriqueira e com total impunidade. Sentenças de açoitamento, amputação e apedrejamento são comuns no judiciário iraniano. De acordo com a Anistia Internacional, pelo menos 346 pessoas foram executadas, nos último cinco anos, mas é provável que o número real seja bem maior.

O Brasil tem o compromisso em explicitar ao Governo do Irã que não apoiamos sua ações internas e que para fazermos acordos internacionais é necessário estabelecermos como base uma cultura de paz, justiça e cura da Terra. Assim nos tornamos aliados no sentido de que o governo e as autoridades iranianas:

- Não persigam minorias, mulheres e reprimam manifestações de culto e crença religiosa , prendendo e executando suas lideranças e negando-lhes direitos CIVIS básicos.
- Não neguem sistematicamente os Direitos das Crianças, violando as normas do Direito Internacional, executando crianças e adolescentes. (Segundo dados da Anistia Internacional, desde 1990 o país condenou à morte 42 menores de idade, sendo oito no ano passado e um em 2009).
- Não proíbam a liberdade de expressão. (Segundo a Human Rights Watch, somente em 2008, mais de cem estudantes foram presos em protestos nas ruas, sem que suas famílias fossem comunicadas. A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2003, Shirin Ebadi, que lidera o Centro de Defesa dos Direitos Humanos, recebeu ameaças de morte e seus escritórios foram destruídos por forças paramilitares)
- Respeitem a diversidade humana (sem condenar à morte ou negar a existência de LGBT no país).
- Reconheçam o Holocausto brutal de 6 milhões de judeus e o assassinato de 5 milhões de ciganos, LGBT, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais, entre outros, respeitando a memória de todas as vítimas e sobreviventes do nazismo.
- Não ameacem a segurança de outros países, nem desenvolvam energia nuclear ou realizem testes com mísseis balísticos.
- Não indiquem para seu ministério pessoas procuradas pela Interpol e acusadas de participar no planejamento de atentados terroristas na América do Sul.
- Permitam a imprensa livre no mundo, sem restringir o trabalho de jornalistas e escritores. ( o Irã ocupa uma das últimas posições no ranking da organização Repórteres Sem Fronteiras. Numa lista de 175 países , o Irã está em 172º. lugar).

Frente pela Liberdade no Iran

As violações dos direitos humanos no Irã


Valor Econômico
26/05/2009

Antes das armas atômicas, as armas da intolerância já são usadas a pleno vapor
Marcos Alan Ferreira


A exclusão de minorias religiosas e das mulheres e o maltrato contra minorias são o pano de fundo da situação política e social do país.

Nos últimos anos, a questão nuclear iraniana tornou-se uma constante no debate sobre segurança internacional, numa conjuntura em que prevalece o temor com relação às ações que podem ser tomadas por extremistas islâmicos.

Vemos que Estados Unidos e Europa têm agido de maneira concreta nos fóruns internacionais contra o desenvolvimento da tecnologia nuclear do Irã. Por outro lado, a importante questão dos direitos humanos na nação iraniana tem ficado em segundo plano.

No entanto, esse poderia ser o ponto de partida na análise da comunidade internacional com relação àquele país.Ao considerar esta questão, não se pode perder de vista que o Irã é atualmente o segundo país que mais faz uso da pena capital, ficando atrás somente da China. Comparando-se o tamanho das populações dos dois países, tem-se uma ideia da gravidade de tal problema no Irã. Segundo Shirin Ebadi, a advogada iraniana ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2003, a situação dos direitos das mulheres piorou sensivelmente de 2008 para cá.

Um exemplo recente é o caso da execução da jovem Delara Darabi, acusada de ter cometido um crime aos 17 anos de idade.

O caso Delara recebeu atenção de organizações como a Anistia Internacional, haja vista que a defesa da acusada não teve a oportunidade de apresentar durante o julgamento algumas provas que a poderiam inocentar do crime.

Além disso, ela foi executada antes de terminar um prazo de anistia de dois meses para revisão do seu processo penal, fazendo com que a jovem entrasse na infeliz estatística de ser a 140ª pessoa a ser executada no Irã somente nos quatro primeiros meses deste ano.Outra questão preocupante é a intolerância religiosa. Uma das perseguições religiosas mais odiosas que acontecem no mundo hoje se dá contra os membros da Fé Bahá'í dentro do Irã. Esta religião, fundada no século XIX por Mirzá Husayn Alí (1817-1892), conhecido posteriormente pelo título de Bahá'u'lláh, concentra a maior minoria religiosa dentro do Irã, contando hoje com um número estimado de mais de 300 mil adeptos.

Embora seus princípios sejam pacíficos - dentre as quais figuram a defesa da unidade da humanidade e promoção da paz e igualdade entre homens e mulheres - dados de organizações de direitos humanos contabilizam mais de 200 mortes de bahá'ís desde 1980. Nas execuções e prisões arbitrárias contra os membros desta religião não figura nenhuma acusação grave, exceto o fato de seguirem uma religião considerada apóstata pelos aiatolás que controlam o Irã.

É relevante notar o fato de os acusados não terem direito a um advogado de defesa ou acesso aos autos do processo. O mesmo ocorreu com outra personagem conhecida dos jornais nas últimas semanas, a jornalista iraniana-americana Roxana Saberi.Nos 30 anos desde a Revolução Islâmica, além das execuções dos membros da Fé Bahá'í, contabiliza-se demolição de locais sagrados da religião em Teerã e Shiráz, expulsão de jovens das universidades e maltrato de crianças nas escolas, além da perda de direitos trabalhistas.Dentro desta mesma temática ainda pouco discutida no Brasil, em 1990 as Nações Unidas tiveram acesso a um documento secreto do governo iraniano chamado memorando Golpaygani, que mostra claramente a existência de um plano sistemático de eliminação da Fé Bahá'í do país.

A preocupação quanto a este memorando tem recebido apoio não só da Anistia Internacional, como também do Parlamento Europeu e de órgãos governamentais especializados em direitos humanos e liberdade religiosa do Canadá, Austrália, Grã-Bretanha e EUA.O maltrato contra minorias étnicas completa o pano de fundo da questão dos direitos humanos no Irã atual. Entre os grupos perseguidos estão os azerbaijanos, que assistiram um de seus membros, Mehdi Qahemsadeh, ser executado recentemente por ser considerado "um inimigo de Deus". Os azerbaijanos têm hoje mais um de seus membros no corredor da morte pela mesma vaga acusação.Outra minoria que vem sofrendo violação dos seus direitos são os curdos. Apesar de representarem aproximadamente 15% da população, é negado aos curdos o direito de registrar suas crianças com sobrenomes da etnia, segundo informa um relatório da Anistia Internacional publicado em 2008. Tais ações, somadas a limitações ao trabalho e culto religioso, tem marginalizado este grupo da sociedade iraniana.

Nunca é demais lembrar também do trágico episódio de 15 de julho de 2005, quando as forças de segurança iranianas abriram fogo contra um grupo de curdos que protestavam em Mahabad, matando 20 pessoas e deixando outras dezenas de feridos. Além do que foi dito acima, situações semelhantes ocorrem eventualmente com as minorias das mais diversas como os balúchis, cristãos, judeus, sufis e homossexuais. Uma explicação sobre cada um destes casos daria margem para escrever inúmeras outras tristes linhas de desrespeito à dignidade humana.Este contexto contrasta drasticamente com a governança vista em momentos históricos do Irã antigo (Pérsia), em que prevaleceu um império como o de Dario. As paredes da histórica cidade de Persépolis refletem até hoje a justiça pela qual era conhecido este soberano. Triste dizer que o governo hoje é outro, pouco preocupado em reforçar o povo amável, a beleza e a cultura pela qual o Irã deveria ser conhecido internacionalmente.

No mundo e no Brasil, a questão que fica é: devemos ou não relativizar a questão dos direitos humanos quando tratamos com governos que são conhecidos e contumazes violadores da carta da Declaração Universal dos Direitos Humanos? Onde colocamos os limites do que é tolerável? Talvez estes sejam os questionamentos mais importantes para a comunidade internacional quando o assunto é Irã, haja vista que antes das armas atômicas, as armas da intolerância já são usadas a pleno vapor.


Marcos Alan Ferreira é professor e pesquisador no Departamento de Relações Internacionais & Country Studies da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e graduado em Estratégia e Políticas de Defesa pela National Defense University (EUA).

uma imagem...


URGENTE

Forças de segurança do Irã prendem jornalista

TEERÃ - As forças de segurança do Irã prenderam um repórter da agência de notícias France Press, que na quarta-feira fazia a cobertura do 30º aniversário da tomada da embaixada americana.
A imprensa estrangeira está proibida de cobrir protestos nas ruas desde as manifestações realizadas na eleição presidencial em junho, que a oposição diz que foi fraudada para assegurar a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad.
- Farhad Pouladi estava cobrindo a manifestação quando foi parado e retirado por três agentes da segurança, dois uniformizados e um em traje civil. Desde a manhã de quarta não temos notícias sobre ele - disse o chefe do escritório da agência de notícias em Teerã, Jay Deshmukh.
A polícia entrou em confronto com apoiadores do líder da oposição do Irã , Mirhossein Mousavi, em Teerã durante a manifestação anual antiamericana.
Desmukh dise que o Ministério da Cultura deu garantias à AFP que será dada prioridade para o caso de Pouladi.
O site reformista Mowjcamp disse que ao menos 23 pessoas foram presas em Teerã e na cidade de Rasht, no norte do país, durante os protestos.

Brasil tem que repudiar vinda do presidente do Irã

Senhor Presidente e Senhores Deputados,

Vou fazer aqui uma grave acusação e uma grave revelação. Chegou às minhas mãos a difusão vermelha da Interpol, ou seja, o mandado de prisão internacional contra o senhor Vahidi Ahmad. Esse cidadão nada mais é do que o atual Ministro da Defesa do Irã, mesmo tendo sido, segundo as investigações realizadas na Argentina, o mentor do atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina, a Amia, em Buenos Aires, no dia 18 de julho de 1994, que matou 85 pessoas e deixou 300 feridos.

Por isso, não posso entender como o Brasil pode pretender receber em nosso País o Presidente do Irã, que, além do mais, vem propugnando pela negação do Holocausto, fato histórico que ceifou a vida de mais de 6 milhões de seres humanos, dentre eles crianças, velhos, mulheres, jovens, homossexuais e não somente pessoas que professavam a fé judaica, mas também as pertencentes a outras denominações religiosas.

Portanto, não podemos permitir que o Brasil receba em seu território indivíduos como esse Presidente do Irã, que insiste em negar, num insulto ao mundo, a existência do Holocausto. Além disso, é importante notar que o Irã vem fazendo experimentos com mísseis que podem atingir outras partes do território internacional, criando sérias ameaças aos seus vizinhos, e também desenvolvendo a energia nuclear para fins, ao que parece, nem um pouco pacíficos.
Portanto, não podemos permitir a presença do Presidente do Irã em território nacional.
Discurso feito pelo deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) no plenário da Câmara Federal na manhã de 1 de outubro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Assembléia de Rondônia repudia visita do presidente do Irã ao Brasil


A Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia aprovou, hoje (03), voto de repúdio à visita - prevista para o dia 23 de novembro - ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

A iniciativa do requerimento para a votação da matéria foi do deputado Jair Miotto (PPS). Preocupado com os danos potenciais que a visita do presidente iraniano pode causar à imagem do Brasil e à sua condição de país livre, democrático e pacífico, Jair Miotto justificou que Mahmoud Ahmadinejad tem disseminado “mensagens de ódio que não coincidem com a posição do Estado brasileiro.

Ele tem negado o que o Brasil reconhece: o assassinato de mais de seis milhões de pessoas pelo regime nazista por motivação étnica, além da intenção em destruir outro Estado democrático com quem o Brasil mantém relações diplomáticas, como é o caso de Israel”, destacou o parlamentar. A insistência de Mahmoud Ahmadinejad em desenvolver a política armamentista com arsenal atômico “ao arrepio da ONU (Organização das Nações Unidas)”, também fez parte da fundamentação de Miotto ao requerer que o Poder Legislativo rondoniense manifestasse publicamente seu repúdio à visita do presidente do Irã ao País.

Miotto argumentou ainda que o Brasil é signatário de tratados internacionais de proteção aos Direitos Humanos, dentre eles a declaração de Costa de Sauípe, assinada em dezembro de 2008, contra qualquer discriminação e racismo. O Brasil “é dirigido por um presidente com credenciais democráticas inquestionáveis”, lembrou o deputado de Rondônia .

Vamos dizer um não à vinda do Presidente do Irã ao Brasil


Ontem participei de uma reunião de organização de atos contra a vinda de Ahmadinejad ao Brasil, na sede da B´Nai B Rith. Não podemos ficar calados, precisamos ir às ruas dizer que não concordamos com a visita desse homem em nosso país.

Estiveram presentes na reunião pessoas ligadas a diversas religiões, partidos políticos, juventude judaica, juventude negra, representantes LGBT, estudiosos.... Pessoas deram depoimentos sobre familiares que perderam no holocausto, sobre ameças que sofrem até os dias de hoje, enfim são histórias tão emocionantes, que nos fazem ficar ainda mais reticentes à vinda dessa pessoa ao Brasil, ao nosso país, e o pior com todas as honras de um ilustre visitante. Tenha a santa paciência Presidente Lula.

Nós vamos às ruas sim, o Brasil foi o país que acolheu a diversidade, que lutou na ditadura e venceu, chegamos a tão desejada democracia com o suor de muita gente e não é um Presidente do Irã que vai vir aqui, tirar ou questionar essa liberdade de expressão, essa liberdade de credos, de religiões, de sexo que temos no nosso tão querido Brasil.

Trabalhamos por uma cultura de paz, paz entre os povos, paz entre as pessoas. Respeito pela diversidade, pela liberdade! Diga não a vinda de Ahmadinejad ao Brasil, participe conosco do ato no dia 15/11, convide seus amigos, vizinhos e familiares. O ato será às 15h30, na Praça dos Arcos (final da Av. Angélica).

IRÃ: Os direitos humanos no 30º aniversário da Revolução Islâmica


Impunidade, detenções arbitrárias, tortura e outros maus-tratos e o uso da pena de morte continuam prevalecendo.
Completará 30 anos, em 10 de fevereiro de 2009, a mudança de governo no Irã que resultou na criação da República Islâmica. A Amnesty International lembra esta data expondo seus motivos de preocupação sobre um leque de violações de direitos humanos ocorridas durante estes 30 anos.

Os governos anteriores nomeados pelo ex-Xá Mohamed Reza Pahlevi foram considerados, em geral, corruptos e responsáveis por violações atrozes de direitos humanos. A República Islâmica do Irã foi criada após um referendo nacional no dia 1º de abril de 1979. Outro referendo, em dezembro do mesmo ano, aprovou a Constituição e confirmou o aiatolá Khomeini como líder supremo da nação.

Apesar das promessas do aiatolá Khomeini de que todos os iranianos seriam livres, os 30 anos se caracterizaram por violações persistentes dos direitos humanos. O relaxamento das restrições à liberdade de expressão no período da reforma, sob o mandato do ex-presidente Khatami, despertou a esperança de uma melhora na situação dos direitos humanos, embora continuasse precária. Entretanto, a esperança foi sendo esmagada desde a chegada ao poder do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Impunidade, detenções arbitrárias, tortura e outros maus-tratos e o uso da pena de morte continuam prevalecendo. Alguns segmentos da sociedade – como as minorias étnicas – continuam sofrendo discriminação generalizada. Por outro lado, a situação de alguns grupos, como certas minorias religiosas, tem se agravado de forma significativa. As pessoas que discordam das políticas oficiais, estabelecidas ou não, sofrem severas restrições de seus direitos à liberdade de crença, expressão, associação e reunião. A mulher continua discriminada, tanto na lei como na prática. A impunidade por abusos contra os direitos humanos é generalizada.

A Amnesty International tem documentado violações de direitos humanos no Irã desde meados da década de 1960. Por ocasião deste aniversário, a organização insta as autoridades iranianas a:

- Colocarem em liberdade todos os presos de consciência (pessoas encarceradas devido as suas convicções políticas, crenças religiosas ou outras convicções profundas, origem étnica, língua, origem nacional ou social, orientação sexual ou outra condição) que não recorreram nem promovem a violência ou o ódio.

- Instruírem o governo, as autoridades judiciais e os responsáveis pela segurança para revisarem os casos de todos os presos encarcerados por motivos políticos. Isto inclui libertar todos os presos políticos que foram julgados de forma injusta nos anos anteriores, para que sejam julgados novamente em processos que cumpram as normas internacionais sobre imparcialidade processual. Libertar aqueles que não foram julgados ainda, a menos que sejam julgados sem demora e de forma imparcial por delitos reconhecidos.

- Colocarem fim à impunidade pelas violações de direitos humanos, mediante investigação exaustiva dos abusos, como os homicídios em massa de presos políticos em 1988, fato conhecido como as “matanças nas penitenciárias”.

- Comunicarem aos funcionários do Estado que não serão tolerados nem a tortura nem outros maus-tratos, e levarem perante a Justiça qualquer pessoa responsável por estes abusos.

- Reformarem as áreas chave da administração de Justiça, a fim de garantir que nenhuma pessoa seja arbitrariamente detida nem submetida a julgamento injusto, assim como que provas obtidas sob tortura e outros maus-tratos não sejam admissíveis nos tribunais.
Nota aos jornalistas

A Amnesty International tem porta-vozes disponíveis para realizar entrevistas ou fornecer informação complementar sobre o Irã, em inglês, francês, persa e árabe. Desejando mais informações, entrar em contato com Nicole Choueiry, encarregada de imprensa para o Oriente Médio e Norte de África, pelo telefone +44 7831 640 170 ou por e-mail nchoueir@amnesty.org

Para consultar informes anteriores da Amnesty International (desde 1965), por favor, solicite pelo e-mail archives@amnesty.org Para consultar informes mais recentes (em espanhol), acesse: http://www.amnesty.org/es/region/irán

Amnesty International
Nota informativa para os meios de comunicação
4 de fevereiro de 2009
Tradução livre

ALE vota Moção de Repúdio à visita do presidente do Irã ao Brasil

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) votou na manhã destaquarta-feira, Moção de Repúdio à visita do presidente do Irã, MahmoudAhmadinejad, prevista para acontecer no dia 23 deste mês ao Brasil. Opresidente da Casa, deputado Mecias de Jesus (PR) afirmou que vaimanifestar ao Itamaraty voto contrário a vinda do presidente aoBrasil.

Uma manifestação contrária a vinda do presidente iraniano movimentou oplenário da Assembleia. Cerca de quinze manifestantes da sociedadecivil revelaram indignação e repúdio ao presidente.

A funcionária pública e líder do movimento Luciene Marques, explicouque a política adotada naquele país contraria veementemente osdireitos humanos. “É inaceitável como o líder de um país não respeitasua população. Ahmadinejad condena, julga e executa suas leis detruculência”, afirmou.

Indignada, condenou a recepção calorosa do governo brasileiro. Disseque o líder iraniano será recebido com todas as honras, mesmo sendopúblicos seus contínuos atos de barbárie e desrespeito às declaraçõesinternacionais que garantem os direitos dos cidadãos e acima de tudo aDeclaração Universal dos Direitos Humanos. “Ele não respeita apopulação do Irã e certamente não respeitará a nossa”, revelou.

Todos os parlamentares foram unânimes na votação da Moção de Repúdio.O líder do governo na ALE-RR, deputado Jalser Renier (DEM) iniciou seudiscurso repudiando as ações arbitrárias do presidente iraniano. “Essamanifestação contrária a atuação deste presidente ditador deixa claroa insatisfação desta Casa e principalmente do povo roraimense”,explicou.

O deputado Ivo Som (PTN) endossou o discurso de todos osparlamentares. Afirmou que o governo iraniano não atua de forma“normal”. “Não considero normal a atuação deste governo onde mulheresadúlteras são apedrejadas até a morte”.

O deputado Ionilson Sampaio (PSB) afirmou que o mundo deve repudiar asatitudes preconceituosas e intolerantes desse líder. “Estou totalmenteinsatisfeito com a visita desse homem”, disse o parlamentar.

Os deputados Zé Reinaldo (PSDB), Flamarion Portela (PTC) e AurelinaMedeiros (PSDB) comungam do mesmo pensamento. “Somos contra sua visitaem nosso país”. A deputada Marília Pinto parabenizou a iniciativa e oesforço da Assembleia na votação célere da Moção de Repúdio.
Com a mesma linha de pensamento, o presidente da Assembleia, Mecias deJesus foi categórico. “A visita desse homem ao país não condiz com arealidade brasileira. Ahmadinejad é contra os princípios básicos dosdireitos humanos”, sentenciou. O manifesto de Repúdio será encaminhadoao Itamaraty e a Embaixada do Irã.

Produzido por SECOM/ALE-RR

Nobel da Paz: direitos humanos pioraram no Irã

A iraniana Shirin Ebadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2003, disse hoje em Genebra que a situação dos direitos humanos em seu país piorou nos dois últimos anos.

"A violação dos direitos humanos em meu país se exacerbou nos dois últimos anos, desde que o mundo só se fixa no tema nuclear, a situação dos direitos humanos piorou", declarou Ebadi em um encontro com a imprensa.
A vencedora do Prêmio Nobel viajou à sede européia das Nações Unidas para participar de um seminário sobre a situação dos direitos humanos no Irã.
Ebadi explicou que seu país segue violando os direitos humanos das mulheres ao impedir que elas divorciem, dos menores ao permitir que sejam julgados e condenados como adultos, e dos defensores dos direitos humanos que são presos de forma intermitente.
A iraniana também se referiu à liberdade religiosa e à perseguição que sofre a comunidade Baha''i por pertencer a uma religião não autorizada pelo regime islâmico.
Consultada sobre a possibilidade de que a situação mude caso o presidente Mahmoud Ahmadinejad não seja reeleito, Ebadi lembrou que o problema não é um Governo ou outro "mas como o Governo trata seus cidadãos".
Com relação ao novo presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, considerado um possível sucessor de Ahmadinejad, a vencedora do Prêmio Nobel disse que caso ele seja eleito não será "mais que uma continuação da situação atual".
A iraniana lembrou ainda que Larijani "foi sempre parte das altas esferas do Governo e quando foi diretor da rádio televisão pública houve um forte censura".
Ebadi deixou claro que embora esteja comprometida com a defesa dos direitos humanos no mundo todo "sob nenhuma circunstância" abandonará seu país.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Perseguição à Fé Baháí é denunciada na Aleam


Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas - 15 de Julho de 2009

A opressão aos membros da Fé Bahá'í vêm sofrendo no Irã, com perseguições e até condenação com pena de morte, foi destacada hoje (15) em cessão de tempo realizada no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), por solicitação do deputado Luiz Castro (PPS).
Com esse objetivo, membros da Fé Bahá'í no Amazonas, representados pelos membros Luiz Costa e pela presidente da Associação de Desenvolvimento Coesivo do Amazonas (Adcam) falaram das atividades que a religião realiza no Estado, e das perseguições aos membros no Irã.
Hoje, de acordo com Mário Costa, a religião Bahá'í, fundada no Amazonas em 1975, possui cerca de dois mil membros. No mundo todo, já passam dos sete milhões. De acordo com Costa, a comunidade Bahá'í foi a primeira Organização Não Governamental credenciada junto a Organização das Nações Indígenas (ONU), como membro consultivo.

Durante a cessão de tempo, presida pelo deputado Belarmino Lins (PMDB), presidente da Casa Legislativa, os deputados aprovaram requerimento do deputado Luiz Castro, com nove assinaturas, a ser encaminhado à Embaixada do Irã em Brasília, ao Ministério das Relações Exteriores, a Comissão dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), condenando essas perseguições.
Castro defendeu também uma posição mais clara do governo brasileiro em relação ao Irã, no que diz respeito aos direitos humanos aos membros da religião, que sofrem perseguição desde a Revolução Islâmica. "A solidariedade não tem fronteira. Pode se dar em Coari, onde mulheres e crianças são violentadas, ou no Irã, onde ainda existe mulher completamente oprimida. E os Bahá'ís defendem direitos iguais entre homens e mulheres", disse o parlamentar.

Mário Costa disse que no Irã, por conta dessa perseguição de 165 anos, já foram mortas mais de 20 mil pessoas, pelo fato de terem uma religião diferente. Nos últimos três meses, ecoaram manifestações pela prisão de sete homens sem acusação formal e que tiveram direitos de defesa negados. As prisões ocorrem sob a justificativa de "espionagem para Israel", "insulto a santidade sagrada do Islã" e "disseminação de corrupção na terra".

De acordo com a presidente da Adcam, Ferial Sami, a entidade no Amazonas desenvolve projetos educacionais e sociais voltados para crianças, jovens, adultos e terceira idade. Na sede da Adcam, que funciona no bairro de São José, Zona Leste, são atendidas cerca de duas mil crianças, com ensino fundamental.

No Brasil, os Bahá'ís formam um contingente de aproximadamente 57 mil pessoas, das mais diversas classes sociais, culturais e econômicas, residentes em aproximadamente 1.215 cidades e municípios brasileiros, em todas as regiões.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

EU TENHO UM SONHO


Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)

Quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal.


IRÃ: Criminalização da liberdade de expressão

A Amnesty International instou o aiatolá Ali Jamenei a se retratar imediatamente da sua declaração, de 28 de outubro, afirmando que criticar os resultados das eleições presidenciais de junho é um delito.
Este comentário foi divulgado pela televisão estatal ao noticiar uma reunião entre o aiatolá Ali Jamenei e um grupo de cientistas em Teerã.

“A declaração feita pelo aiatolá significa a criminalização da dissidência pacífica legítima, insatisfeita com o processo político”, afirmou Malcolm Smart, diretor do Programa da Amnesty International para o Oriente Médio e Norte de África.

“A forma encontrada pelas autoridades iranianas para enfrentar a situação gerada após as eleições continua violando os direitos humanos fundamentais. Buscam amordaçar a população reduzindo-a ao silêncio mediante ameaças”.

O resultado oficial das eleições de 12 de junho foi amplamente questionado, seguido de manifestações maciças de protesto em todo o país. Dezenas de pessoas morreram nas mãos das milícias Basij e das forças governamentais. Milhares foram detidos e parece que muitos foram vítimas de tortura e maus-tratos. Dezenas, talvez centenas, de pessoas foram levadas a julgamentos que a Amnesty International classificou como “espetáculo” e “paródia de Justiça”.

“Toda pessoa detida unicamente por expressar pacificamente sua opinião sobre as eleições deve ser liberada de forma imediata e incondicional. Deve-se garantir a todas as pessoas detidas proteção frente à tortura e outros maus-tratos”.

A Amnesty International insta as autoridades iranianas a anularem a sentença de quatro anos de prisão imposta a um funcionário da embaixada britânica, segundo informes. Hossein Rassam, principal analista político da embaixada do Reino Unido em Teerã, foi detido junto com oito funcionários locais da embaixada, e acusado de “incitar a violência” depois das eleições presidenciais de junho. Posteriormente, os outros detidos foram libertados. O advogado de Hossein Rassam não foi informado oficialmente da sentença. Caso esta seja confirmada, poderá recorrer.

Hossein Rassam é um dos muitos casos em que os direitos humanos têm sido pisoteados. Em pelo menos 20 sentenças impostas (a cifra poderá chegar a 60) em relação com os distúrbios, quatro foram condenações à morte.

“As autoridades iranianas devem anular todas as condenações impostas nos ‘julgamentos espetáculo’, flagrantemente injustos. Caso Hossein Rassam seja encarcerado, converter-se-á em mais um prisioneiro de consciência no Irã, ao lado dos jornalistas Ali Reza Eshraghi e Masoud Bastani, recentemente condenados a cinco anos e meio e a seis anos de prisão, respectivamente”, disse Malcolm Smart.

Segundo informes, funcionários do judiciário não permitiram que o advogado do sociólogo iraniano-americano Kian Tajbakshsh, condenado a 15 anos de prisão por supostamente tentar derrubar o governo iraniano, apresentasse um recurso contra a condenação.

Fariba Pajouh, jornalista, iniciou uma greve de fome há quatro dias em protesto contra sua detenção. A jornalista permaneceu os dois últimos meses presa sem acusação nem julgamento. No dia 27 de outubro sua colega Hengarneh Shahidi, também detida, aderiu à greve de fome.

Ahmad Zeidabadj, jornalista reformista e diretor da Associação de Graduados do Irã, uma organização que faz campanha em prol dos direitos humanos no país, ficou recolhido 45 dias em regime de isolamento, sem nenhum contato com a sua família. Somente em 29 de outubro foi autorizado a falar por telefone com sua esposa, por dois minutos. Em agosto, a esposa de Ahmad Zeidabadj afirmou que as autoridades tentavam abalar seu moral fechando-o numa caixa semelhante a um esquife.

As autoridades iranianas também devem garantir que todas as pessoas detidas por delitos comuns reconhecidos sejam julgadas com todas as garantias.

Amnesty International
Comunicado à imprensa
29 de outubro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

__Appel en faveur de la liberté pour le peuple iranien

Vendredi 19 juin [2009], l'ayatollah Ali Khamenei a exigé la fin des manifestations massives et déterminées qui contestent le résultat de l'élection présidentielle du 12 juin.
Il a argué que toute concession faite aux exigences de la population et à des pressions "illégales" aboutirait à une forme de "dictature", et a prévenu les manifestants que ce serait eux, et non la police, qui seraient tenus pour responsables d'éventuelles violences.L'argument d'Ali Khamenei est familier pour quiconque s'intéresse à la politique d'action collective, puisqu'il s'appuie sur la logique des autorités de l'Etat dans leur opposition à toutes les grandes mobilisations populaires des temps modernes, de 1789 en France à 1979 en Iran même.Ces mobilisations sont nées du combat pour le principe d'une souveraineté du peuple, plutôt que de l'Etat ou ses représentants. "Aucun gouvernement ne peut légitimement revendiquer l'autorité à moins qu'il ne soit fondé sur la volonté de tout le peuple", ainsi que le proclamait la Charte de la liberté du Congrès national africain (ANC) sud-africain en 1955.Il va sans dire que c'est au peuple iranien de faire ses choix politiques. Les observateurs étrangers, inspirés par le courage des manifestants en Iran ces dernières semaines, sont néanmoins fondés à souligner qu'un gouvernement prétendant représenter la volonté du peuple ne peut le faire que s'il respecte les conditions fondamentales d'expression de cette volonté : la liberté pour les citoyens de s'unir, sans entrave, en mouvement collectif, la possibilité pour les citoyens, sans restriction de leur droit de débat ou d'accès à l'information, de définir, décider et mettre en oeuvre un projet collectif d'action.Des années de "promotion de la démocratie" soutenue par l'étranger ont contribué à répandre de par le monde une méfiance justifiée à l'égard des mouvements civiques qui revendiquent une légitimité de démocratie directe.Mais, le principe demeure intangible : seul le peuple lui-même peut décider de la justesse de cette revendication.Nous, signataires, en appelons au gouvernement iranien pour qu'il ne prenne aucune mesure susceptible de décourager cette prise de décision.PREMIERS SIGNATAIRES. Agamben Giorgio, philosophe, université de Venise; Etienne Balibar, Paris-X Nanterre et University of California Irvine; Daniel Bensaïd, philosophe, université Paris-VIII; Judith Butler, University of California, Berkeley; Stanley Cavell, philosophe, université de Harvard; Alice Cherki, psychiatre, psychanalyste; Noam Chomski, MIT, Cambridge Etats-Unis; Michel Crépu, directeur de la revue des "Deux Mondes"; Alain de Libera, philosophe, université de Genève; Gilbert Glasman, délégué général de Citéphilo; Nilufer Göle, EHESS; Claude Habib, professeur de littérature, université Paris-III; Axel Honnet, philosophe, université de Francfort; François Jullien, philosophe, université Paris-VII; Cécile Ladjali, écrivain; Jean-Marc Lévy-Leblond, philosophe, université de Nice; Jacky Mamou, ex-président de Médecins du monde; Eric Marty, professeur de littérature, université Paris-VII; François Matheron, enseignant, comité de rédaction de "Multitudes"; Jean-François Mattei, professeur émérite de philosophie, université de Nice; Abdelwahab Meddeb, écrivain; Toni Negri, philosophe; Michel Onfray, philosophe; Pierre Pachet, écrivain, professeur, université Paris-VII; Benoît Peeters, écrivain et scénariste; Philip Pettit, University Center for Human Values, Princeton University; Moishe Postone, professeur, université de Chicago; Joëlle Proust, directrice de recherche, CNRS, ENS; Jacques Ranciere, professeur émérite de philosophie, université Paris-VIII; Robert Redeker, philosophe, CNRS; Judith Revel, maître de conférences, université Paris-I; Avital Ronell, philosophe, New York University; Dan Sperber, CRNS; Benjamin Stora, historien, professeur des universités; Pierre-André Taguieff, directeur de recherche, CNRS; Alberto Toscano, Goldsmiths College, Royaume-Uni; François Wahl, philosophe; Heinz Wismann, directeur d'études, EHESS; Slavoj Zizek, université de Ljubljana et the European Graduate School.

domingo, 1 de novembro de 2009