O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons.
Martin Luther King

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Próximo julgamento das sete lideranças bahá'ís será em fevereiro




As autoridades iranianas já notificaram os advogados dos sete líderes bahá'ís, presos em 2008 sob acusações infundadas, que a próxima sessão do julgamento será realizada no dia sete de fevereiro. Na primeira audiência no tribunal em Teerã, realizada no dia 12 de janeiro de portas fechadas, as acusações lidas foram negadas categoricamente pelos sete.
"Embora saibamos pouco sobre o que realmente aconteceu no tribunal, agora podemos dizer com certeza que estes sete bahá'ís inocentes enfrentaram e rejeitaram firmemente todas as acusações contra eles", disse Diane Ala'i, da Comunidade Internacional Bahá'í.
"Podemos dizer também que, com base no clamor internacional que acompanhou a primeira sessão do julgamento, o mundo está acompanhando este processo de perto e que o governo iraniano será responsabilizado por quaisquer injustiças", disse ela.
No dia 11 de janeiro o Departamento de Estado Americano emitiu uma declaração condenando o governoiraniano pelas acusações feitas aos sete bahá'ís presos há mais de vinte meses. Também condenaram o fato de que as evidências contra os bahá'ís não foram divulgadas publicamente, e criticaram o acesso limitado da assessoria jurídica aos prisioneiros.
No dia 12 de janeiro, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), enviou um Requerimento de Informação ao Embaixador do Irã, Mohsen Shaterzadeh, sobre o procedimento do julgamento. O Deputado Federal Chico Alencar pediu o empenho do Presidente Lula, do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do Ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, bem como da Embaixada do Irã no Brasil, já que “para o próprio governo do Irã, um julgamento transparente e o fim de qualquer perseguição religiosa ou cultural significarão um avanço nas suas relações com a comunidade internacional, incluindo o Brasil”.
No mesmo dia, a União Européia também emitiu uma declaração manifestando sua preocupação e relembrando que “a liberdade de pensamento, consciência e religião é um direito fundamental e inegável que deve ser garantido sob qualquer circunstância, em conformidade com o artigo 18 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, o qual a República Islâmica do Irã assinou e ratificou”.
As acusações contra os sete, de acordo com os meios de comunicação estatais iranianos, foram: espionagem, "propaganda contra a ordem islâmica", o estabelecimento de uma "administração ilegal", cooperação com Israel, envio de documentos secretos para fora do país, atuação contra a segurança do país, e "corrupção na terra".
Os sete estão detidos na prisão de Evin, em Teerã, e passaram o primeiro ano de prisão sem qualquer acusação formal ou acesso a advogados. São eles a Sra. Fariba Kamalabadi, o Sr. Jamaloddin Khanjani, Sr. Afif Naeimi, Sr. Saeid Rezaie, Sra. Mahvash Sabet, o Sr. Behrouz Tavakkoli, e o Sr. Vahid Tizfa.

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