O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons.
Martin Luther King

domingo, 15 de novembro de 2009

Manifestação em SP reúne cerca de 1,5 mil pessoas contra visita de Ahmadinejad ao Brasil

Publicado em 15.11.2009, às 18h14
Cerca de 1,5 mil pessoas participaram na tarde deste domingo (15), em São Paulo, de um protesto contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, marcada para o próximo dia 23. A manifestação ocorreu na Praça dos Arcos e reuniu diversos movimentos sociais e grupos religiosos.Um dos organizadores do movimento em São Paulo, Boris Ber, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, disse à Agência Brasil que a manifestação não é contra o povo do Irã, mas um protesto contra o presidente "que nega deliberadamente o Holocausto” e o fim do estado de Israel.“Alguém que nega a história e alguém que não fala de futuro, como disse o Shimon Peres [presidente de Israel, que esteve esta semana visitando o Brasil], não agrega nada ao Brasil”, disse Ber, ressaltando que mesmo uma relação estritamente comercial com o Irã não representaria muita coisa ao Brasil.Outra crítica dos manifestantes sobre a visita de Ahmadinejad ao Brasil é a negação dele da existência de homossexualidade no país. Segundo o advogado Eduardo Piza Gomes de Melo e participante da organização não governamental Instituto Edson Néris, Ahmadinejad “institucionalizou a homofobia”, fazendo a homossexualidade ser considerada crime no Irã e punida com pena de morte. "Num país que tem 70 milhões de habitantes, isso significa que ele ignora a existência de 5 a 7 milhões que são gays e lésbicas. E, além disso, exerce uma violência, uma repressão brutal contra a livre orientação sexual das pessoas.”“Como chefe de Estado, Ahmadinejad tem o direito de vir ao Brasil, visitar o presidente Lula e fazer negócios. O que ele não pode é se aproveitar dessas viagens internacionais para fazer ameaças a qualquer povo”, disse o babalorixa Francisco de Osun, presidente do Instituto Afro religioso Ilé Asé Iyá Osun, em entrevista à Agência Brasil.Para o bispo Carlos de Castro, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, o presidente do Irã é “um déspota” e o presidente Lula, apesar de recebê-lo no Brasil, deveria manter uma posição marcante e de “inconformidade contra as declarações de Ahmadinejad”. “Uma vez que o Brasil está crescendo e se colocando entre as maiores nações do mundo, não podemos aceitar a intolerância e a discriminação.”
Fonte: Agência Brasil

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