Senhor Presidente e Senhores Deputados,
Vou fazer aqui uma grave acusação e uma grave revelação. Chegou às minhas mãos a difusão vermelha da Interpol, ou seja, o mandado de prisão internacional contra o senhor Vahidi Ahmad. Esse cidadão nada mais é do que o atual Ministro da Defesa do Irã, mesmo tendo sido, segundo as investigações realizadas na Argentina, o mentor do atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina, a Amia, em Buenos Aires, no dia 18 de julho de 1994, que matou 85 pessoas e deixou 300 feridos.
Por isso, não posso entender como o Brasil pode pretender receber em nosso País o Presidente do Irã, que, além do mais, vem propugnando pela negação do Holocausto, fato histórico que ceifou a vida de mais de 6 milhões de seres humanos, dentre eles crianças, velhos, mulheres, jovens, homossexuais e não somente pessoas que professavam a fé judaica, mas também as pertencentes a outras denominações religiosas.
Portanto, não podemos permitir que o Brasil receba em seu território indivíduos como esse Presidente do Irã, que insiste em negar, num insulto ao mundo, a existência do Holocausto. Além disso, é importante notar que o Irã vem fazendo experimentos com mísseis que podem atingir outras partes do território internacional, criando sérias ameaças aos seus vizinhos, e também desenvolvendo a energia nuclear para fins, ao que parece, nem um pouco pacíficos.
Portanto, não podemos permitir a presença do Presidente do Irã em território nacional.
Discurso feito pelo deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) no plenário da Câmara Federal na manhã de 1 de outubro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
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