O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons.
Martin Luther King

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MANIFESTO DA FRENTE PELA LIBERDADE NO IRÃ

Quem Somos?
Manifesto da Frente pela Liberdade no Irã

Construindo uma Cultura de Paz

Quem Somos?
Somos um grupo que acredita na diversidade.
Pertencemos a diferentes religiões, temos orientações políticas, sexuais, origens étnicas e experiências muito distintas, mas um objetivo comum nos uniu: desejamos que as liberdades civis sejam reconhecidas por todos, inclusive pelo governo iraniano.
Desejamos que o governo brasileiro, ao promover e estreitar laços diplomáticos com o atual governo iraniano, defenda todas as vidas humanas como sagradas, a democracia como princípio e a liberdade como direito.
Somos negros, somos brancos, somos índios, somos quilombolas, somos católicos, evangélicos, judeus, budistas, bahá’ís, e de religiões de matrizes africanas; temos identidades de gênero distintas, somos professores, advogados, médicos, jornalistas, estudantes, trabalhadores, somos jovens, adultos e idosos, somos seres humanos que respeitam seres humanos e a natureza - nosso corpo comum.

Cultura de Paz
A Política com Cultura de Paz alicerça-se em Direitos Humanos, Democracia, Desenvolvimento Sustentável, Desarmamento e Diversidade. Esse é o compromisso do Brasil, diante das Nações Unidas, Por esse motivo, não apoia nenhum país que venha ferir os princípios que garantam a paz mundial.

A respeito do Irã
As autoridades sustentaram severas restrições sobre a liberdade de expressão, de associação e de reunião. Infligiram medidas enérgicas sobre ativistas da sociedade civil, incluindo os defensores dos direitos humanos em geral e, principalmente, os das mulheres e das minorias. Ativistas vêm sendo presos, submetidos a julgamentos injustos e sem defesa, em especial no caso das minorias religiosas, a exemplo de bahá’ís, judeus e cristãos, que são duramente perseguidas. Outros foram proibidos de sair do país e de se reunir. A tortura e os maus tratos aos detentos são cometidos de forma corriqueira e com total impunidade. Sentenças de açoitamento, amputação e apedrejamento são comuns no judiciário iraniano. De acordo com a Anistia Internacional, pelo menos 346 pessoas foram executadas, nos último cinco anos, mas é provável que o número real seja bem maior.

O Brasil tem o compromisso em explicitar ao Governo do Irã que não apoiamos sua ações internas e que para fazermos acordos internacionais é necessário estabelecermos como base uma cultura de paz, justiça e cura da Terra. Assim nos tornamos aliados no sentido de que o governo e as autoridades iranianas:

- Não persigam minorias, mulheres e reprimam manifestações de culto e crença religiosa , prendendo e executando suas lideranças e negando-lhes direitos CIVIS básicos.
- Não neguem sistematicamente os Direitos das Crianças, violando as normas do Direito Internacional, executando crianças e adolescentes. (Segundo dados da Anistia Internacional, desde 1990 o país condenou à morte 42 menores de idade, sendo oito no ano passado e um em 2009).
- Não proíbam a liberdade de expressão. (Segundo a Human Rights Watch, somente em 2008, mais de cem estudantes foram presos em protestos nas ruas, sem que suas famílias fossem comunicadas. A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2003, Shirin Ebadi, que lidera o Centro de Defesa dos Direitos Humanos, recebeu ameaças de morte e seus escritórios foram destruídos por forças paramilitares)
- Respeitem a diversidade humana (sem condenar à morte ou negar a existência de LGBT no país).
- Reconheçam o Holocausto brutal de 6 milhões de judeus e o assassinato de 5 milhões de ciganos, LGBT, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais, entre outros, respeitando a memória de todas as vítimas e sobreviventes do nazismo.
- Não ameacem a segurança de outros países, nem desenvolvam energia nuclear ou realizem testes com mísseis balísticos.
- Não indiquem para seu ministério pessoas procuradas pela Interpol e acusadas de participar no planejamento de atentados terroristas na América do Sul.
- Permitam a imprensa livre no mundo, sem restringir o trabalho de jornalistas e escritores. ( o Irã ocupa uma das últimas posições no ranking da organização Repórteres Sem Fronteiras. Numa lista de 175 países , o Irã está em 172º. lugar).

Frente pela Liberdade no Iran

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